terça-feira, fevereiro 12, 2008

Cenário

Doce, intenso, talvez previsível
Halo laranja quente
Lareira acesa
Vinho tinto púrpura.

O corpo nú treme ardente, imperceptível
Vem, estende a mão, sente
A entrega perdida sem defesa
O desejo húmido sem ti é tortura.

(C) Diana D'orey

terça-feira, julho 10, 2007

Sons Sibilantes

Conta-me segredos ao ouvido
Deixa a tua voz quente de desejo
Dizer-me o que sonha comigo
Tapa-me os olhos que o que não vejo
Advinho no teu cheiro doce de trigo

Vem devagar, invade-me com as mãos
Empurra-me para cima
Olha-me com amor e veneração
Mão que domina, olhar que mima
Preciso até à dor da tua paixão.

(C) Diana D'orey

terça-feira, outubro 17, 2006

Toada em Tom Termiónico


(C) TCA
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Há em ti uma cor um calor
Um sussurro uma magia
Que sinto quando te chegas
Com ânsia tingida de dor
E faz de mim pétalas
Pernas, lábios abertos
Todos, esmagados, roxos
Tintura de iodo, tonta
Um toque de mosto
Imensa ausência de chão
E muito rangido um não
Que sabes uma súplica de sim
E muito perto do infinito
Me mostra a absoluta
Continuidade do fim.

(C) Diana D'orey

quinta-feira, julho 27, 2006

Plena e Púrpura


(C) TCA

Não sei do que é feita a paixão
Mas sei que me falta a tua mão
Há muito que esqueci as fórmulas
Mas sei de cor o peso e a massa
Com que me invades e anulas
Quando me dás o teu sangue a beber em taça.

(C) Diana D'orey

quarta-feira, março 15, 2006

dó menor



(C) TCA

Respira devagar
traz-me
um espinho em flor
faz-me esperar
sente
a carícia da dor
faz
o silvo da espada soar
estala
o arrepio
chega
o tremor
ouve
a seda rasgar
vem
meu amor.
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(C) Diana D'orey

sexta-feira, novembro 25, 2005

Sofrega de Ti


(C) TCA

Sem pecado, sem querer perdão
Desejo puro sem obrigação
paixão inteira sem senão
Perde-te, entrega-te, violenta-me com tesão

Não quero saber,nem pensar
Sinto a tua falta, tenho o corpo a latejar
Vem ama-me, rasga-me sem pesar
Tenho fome de ti, sede do teu sabor, quero o teu ar

Desliza as tuas mãos no corpo que sem ti é dor
Morde a polpa de cada milímetro de mim sem dó e com ardor
Invade o meu corpo sem duvidas, a ti o entrego sem temor
Vem, não penses, dá-me tudo agora e depois o teu amor.

(C) Diana D'orey